quinta-feira, 1 de março de 2012

A MINHA PARTE EM DINHEIRO
O velho não precisa de carinho.Precisa de dignidade.

Nada de chamarmos o cidadão acima de 65 nos de idoso,ancião ou ridículos epítetos,"terceira idade",ou,pior ainda,"melhor idade".De imediato,perguntaríamos,melhor idade para que?Vamos chamá-lo de velho,da mesma forma que  o chamaríamos de jovem se tivesse algo em torno de 20,30 nos ou um pouco mais.Desde já,fica claro não haver aqui nenhum tipo de desrespeito.
Dias atrás,comentamos o problema do transporte público,não só nas grandes cidades,como também em centros menores.O ir e vir dos velhos é notório,acima do normal,afetando claramente a capacidade de tais sistemas.Os poderes públicos dão a benesse como uma dádiva especial.Igualmente às cotas de medicamentos de uso contínuo,clubes de lazer,onde dançam os que nunca dançaram;praticam esportes,muitos daqueles que não têm certeza se a bola é redonda.Causa espanto se um velho volta à universidade.E jovens monitores tratam os velhos como débeis mentais ou enfermos terminais.
Sem medo de errar e sem recorrer a estatísticas do IBGE,a população brasileira tem cerca de ,pelo menos,1/3 acima de 65 anos.Em números absolutos,algo em torno de 70 milhões de velhos.
Todos os ditos benefícios custam dinheiro e muito.A maioria das vezes uma grande farra de recursos.Muitos de nós,ai estamos também incluídos,gostaríamos de ter a nossa parte em dinheiro,gerir os próprios recursos.O grande pagador disso tudo é o Estado,no sentido mais amplo da palavra.Subsidia o transporte público,os clubes de lazer e tantas outras benesses que saem do FPMC(Fundo de Participação dos Municípios),de recursos da Previdência Social,entre outras.
Uma ideia louca,mas revolucionária,sem se acabar com todos os benefícios indiretos,transformando-os em uma nova alíquota de pagamento nos proventos,salários e pensões.Um cálculo atuarial do fator previdenciário.Subindo os valores dos benefícios dos velhos em algo que suportasse tais despesas adicionais.Os tais Precatórios alimentares(diferenças salariais)poderiam ser liberados sem delongas,tirando muito velho do sub-emprego aviltante,principalmente dos que vivem de INSS e não de Fundo de Pensão.
O velho poderia usar seu dinheiro extra como quisesse,e como já disse um engraçado da literatura tupiniquim,"até investir em cavalo ligeiro e mulheres fogosas".Em um medicamento "levanta defunto",em um bom vinho de uma safra especial.
Este é um assunto dos mais sérios.Não é para brincadeira.Coisa para os ditos entendidos,como o deputado Arnaldo Faria de Sá,Guido Mantega,Conceição Tavares,se estiver na lide,Armínio Fraga,Zélia Cardoso,e tantos outros que o necrológio não tenha já anunciado a triste hora...

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