Os piores dias da minha vida
Pleno Carnaval.No point de Santos,entrevado em uma cela de hospital.Que é do povo,que é dos amigos?Somente o som longe da avenida viva da Praça Independência,do chopp do Gonzaga.Cá,tudo é silêncio e solidão.Dos milhões de amigos,além da família,talvez tenham sobrado dois,se tanto.
E um conselho de vida que preguei e não cumpri:VIVA o hoje,o amanhã a Deus pertence.Desconfie das poções mágicas da Medicina.O que Deus faz,desfaz.Melhor um ano bem vivido,vivo,do que uma sobrevida teórica de um ser visto com pena e comiseração:"Tá bonzinho?" Bonzinho a puta que o pariu,como falava Jorge Amado e outros literatos cá da terra.Bom quem pode viver avida até o último dia,como Grubba. Morreu inteiro.
E agora,a luz está apagando,o bonde vai ao longe,uma lembrança de menino na velha São Bento,do Bom Retiro e Barra Funda de italianos e espanhóis,do velho Gonzaga,da Ponta da Praia,da terra de Conceição de Itanhaém.Fiquem com Deus,amigo de poucos.
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