quarta-feira, 27 de maio de 2009

EM BUSCA DO HORIZONTE PERDIDO

Desde a cultura da banana até o projeto do pré-sal


E Itanhaém há anos ,há décadas, busca seu eixo econômico ,o seu horizonte perdido ou nunca achado , como o pote de ouro no fim do arco íris, antes mesmo deste transformar-se em símbolo da mocidade alegre...
Para não falar-se de tempos remotos que nem a memória ou os registros alcançam , vamos nos ater às ultimas décadas, anos 50 do século passado . Auge da Estrada de Ferro Sorocabana que rasgava o Litoral Sul , facilitando juntamente com o rio Itanhaém o escoamento da produção bananeira , o “ouro verde” ou amarelo da nossa Economia Agrícola . Contam os mais antigos dos trens e até das chatas , levando o principal produto de nossa Economia para o porto de Santos . A Argentina era o rumo de grande parte da exportação . Veio a concorrência , o eixo da banana segue outro rumo . Não há modernização e mecanização das lavouras . Chegam as pragas . Chega a decadência . Grandes fazendas , como da família Bechir, dos Vasquez perdem seu brilho, seu encanto . . Anos mais tarde Odil Vasquez tenta o búfalo e outras alternativas sustentáveis , como o palmito pupunha . Outros poucos seguem tal caminho , mas sem resultados definitivos . Até de tentativas com o arroz ,dos japoneses, falou-se no passado . Mas definitivamente a vocação agrícola de Itanhaém ficou em algum lugar do passado.Nem mesmo as tentativas dos chamados hotéis fazendas andaram .
Vieram as rodovias , melhoram os acessos .Começou-se a falar do Turismo , abriam-se os grandes loteamentos , como Cibratel Suarão . Muita gente ganhou dinheiro . Mas para o Litoral Sul a demanda , com poucas exceções foi da classe média . O Litoral Norte acabou ficando com a nata , a elite o “crème de la crème” , como diria Ibraim Sued . E ficamos nós com a herança do Turismo bate e volta, das colônias que pouco acrescentaram , com exceção , é claro , do Satélite, com a força do Banco do Brasil. Perdemos o hotel da Fumest , projeto que acabou não dando muito certo no Estado ,com raras exceções .E o quadro atual do nosso veranísmo todos conhecem .Comércio sazonal que vai vivendo como pode .
Xuxa Parque, aeroporto , esperanças efêmeras que mais um vez não deram em nada . O aeroporto , apesar de bem equipado , com pista adequada é sub- aproveitado , com exceção , atualmente , de algumas operações de projetos da Petrobrás .Até aventou-se em transferir o aeroporto do Daesp para a empresa estatal. Não sei se legalmente seria viável .
Agora fala-se ( já houve mais entusiasmo) das pesquisas do chamado pré-sal . Do petróleo em nossas águas . Mas aos poucos aparecem trincas . A falada crise parece que enterrou em definitivo o badalado Porto Brasil , do não menos badalado empresário Eike Batista que até da grande mídia sumiu nos últimos tempos .
E os resultados efetivos, diretos dos projetos da Petrobrás ainda estão longe de um dia se tornar realidade .E a mocidade tem pressa, a cidade tem pressa. Ninguém mais quer ser o País do futuro , a terra do futuro .Ninguém mais quer ou pode viver de amor, como diz a antiga canção .
De prático , só o ditado popular : “O futuro a Deus pertence” , se o diabo não atrapalhar . A nós resta acreditar e torcer para um dia Itanhaém ser realmente a bola da vez , onde a Prefeitura não seja praticamente a única grande empregadora, fato que o Concurso Municipal vai evidenciar com um número recorde de inscrições ..

Nenhum comentário: