sábado, 4 de maio de 2013

#De vez em quando,publicarei aqui textos antigos de meu pai,mas ainda atuais.O que reproduzo abaixo foi escrito em 2006,época da Copa do Mundo da Alemanha,e faz uma reflexão sobre a vocação turística de nossa cidade.Além de uma "notinha" sobre a política regional.Ai vai:


"PENSANDO TURISMO

                                                       Almir Garcia
                                                          Jornalista

    E da Copa do Mundo não ficou somente a lição do papelão de Parreira e de um time envelhecido e com falsos talentos . Viu-se a euforia dos turistas que invadiram todos os rincões da velha nova Alemanha . País moderno, com atrações de toda ordem . Disso pode-se tirar uma lição para se pensar em Turismo .
     Uma história que vou contar, repetir , foi a palestra do alcaide , o prefeito de Barcelona, na época das Olimpíadas de 92 . Sob os auspícios de A Tribuna realizou-se um evento de Turismo no Parque Balneário , em Santos e um dos destaques foi a presença do político espanhol .
       Um dos pontos de destaque lembrados por ele é que a iniciativa privada teve papel preponderante na recuperação e restauração de Barcelona para o grande evento esportivo. Afinal, a área do Turismo, da hotelaria teria grande retorno financeiro e nada mais justo do que investir para  obter-se resultados. Foram parceiros do Estado. A recuperação da área portuária, foi um dos pontos  fortes. Coisa parecida com Puerto  Madero , em Buenos Aires , hoje uma das maiores atrações da capital portenha . Uma velha idéia dos santistas, de Telma, de Beto, que nunca saiu do papel .
        O que vale destacar , como disse o palestrante espanhol , é que as cidades de turismo devem descobrir sua vocação e investir no seu perfil de forma maciça . No caso de Itanhaém , falar-se de cidade histórica , soa falso . Nosso patrimônio é pequeno e é um valor agregado e não uma atração em si. Falar-se de  praias , é relativo  . Existem pelo menos 8 mil quilômetros pelo  Brasil . Muitas delas das mais privilegiadas e com sol quase o ano todo, como no Nordeste .  Eventos  , como rodeios , não tem a nossa cara . Para chegarmos a Jaguariúna ou Barretos, falta muito . Para os paulistanos representamos uma região de veranismo e não de turismo. A proximidade do maior centro emissor , na verdade , é um problema e não uma solução . Não se imagina alguém sair da grande São Paulo para hospedar-se na região a um custo praticamente igual ao que gastaria em centros mais badalados , como Porto Seguro e outros , principalmente com as facilidades atuais dos vôos fretados ou promocionais .
     Nossa vocação precisa ser definida e não há dúvida que está no mar, em nossa bacia hidrográfica  . O decantado enrocamento  da barra pode ser um caminho real para a multiplicação de marinhas para atividades náuticas , por exemplo . Um hotel de porte, com centro de eventos , pode ser um pólo de atração para o  turismo de negócios .
      E o nosso público alvo também precisa ser definido e pode estar no rico Interior do Estado, como também em Estados próximos, como Mato Grosso do Sul, Interior do Paraná , Minas e Goiás , distantes do litoral .O  aproveitamento efetivo de nosso aeroporto com sua pista de 1360 metros pode ser um caminho , como também a mídia dirigida de forma direta para tal público alvo. Isso tudo é tarefa, não só  para a Administração Municipal, como também para nossos empresários com participação efetiva da sociedade civil. Sonhar e trabalhar é preciso...
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E os sonhos políticos de lideranças regionais nos levarão a algum lugar ? Candidaturas múltiplas racham a região e afastam nomes de peso que realmente podem contribuir com as cidades do Litoral . Além dos caciques santistas, cada cidade deve ter seu “deputado” . Não precisamos ser adivinhos para dizer que dificilmente alguém chegará lá . Política paroquial ."

Um comentário:

katia disse...

Sábio Sr. Almir sempre correto, sempre atual