Adeus às armas
Não saio da vida e não entro na História
É,pois é.Quase setentinha.A vida cansa e é hora de fazer-se um balanço.Bradar,esbravejar parece que não adianta muito,quase nada.
Nasci nos anos 40,tempo de Grande Guerra.Os heróis e anti-heróis estavam no cinema,nos jornais.Degaulle,Churchill,Hitler,até Getúlio,todos lá.Tempos de Prestes,dos Cavaleiros da Esperança.De Shirley Temple,Clark Gable e todos os heróis de bigode.Das grandes divas do cinema.Marlene Dietrich,
Rita, a Gilda.Grafia difícil.Não uso o Google,só a memória,Almanaque Biotônico já não existe mais.
Os anos passam,a indignação fica.Tempos de JK,Lacerda,Adhemar.Até Jânio,com suas vassouradas.Novos Papas,espertos,modernos,João XXIII e outros mais...
Anos dourados,anos rebeldes.Brasília,Novacap.Anos de chumbo,verde-oliva.Dias difíceis,de rebeldia.De esperança.Diretas Já,novos tempos,Democracia,decepção.Quem lutou,não levou.Desesperança.A moçada pede passagem,toma o seu lugar.
Fim do jornal,rádio de pilha,telefone de parede.Internet,Twitter,celular.O homem já não almeja a Lua.Não dá conta da Terra.
Já não esbravejo,quieto no canto,mas não perdi a força de me indignar.Qualquer dia,volto à luta.Pelas injustiças que ai estão.Quieto,na barra,vejo o barco passar...
Se não achar mais a coluna do jornal,o blog,as meias verdades,as verdades verdadeiras,olhe em volta,devo estar no mesmo lugar.
Jornalista à cata de notícia que pouca gente lê ou prestigia.
Almir Garcia
Algum dia de 2011
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